sábado, 24 de dezembro de 2011

E cumpra-se este dever.

Talvez eu não esteja no tempo certo dos acontecimentos,mas foi neste momento que senti mais fortemente o que aconteceu. Então paro e respiro fundo,sentindo em seguida um sorriso de vitória tomar conta de meu rosto todo. Olhos. Boca. Tudo.

Neste sorriso encontro os sinais de tudo que queria escrever aqui,mas sei que não conseguirei. A grandiosidade desta jornada não pode ser descrita,ela existe para ser vivida. Só de lembrar da energia produzida,daquele patrimonio que doamos junto a um grande pedaço de nós eu me sinto mais que viva,sinto-me explodindo como se fosse naquele exatado instante.

Então,como não consigo escrever em poucas palavras,apenas agradeço,agradeço e agradeço mais e mais uma vez,sempre agradecerei pela oportunidade de ver meu melhor lado. Meu lado mais corajoso em sua covardia. Meu lado temeroso em toda minha glória. O orgulho antes da depreciação. Eu. Sorriso. Choro. Arrependimento. Satisfação. Realizando mais que um sonho,e sim encontrando razão. Tenho orgulho de viver com meu coração,por mais que isso seja um desafio enorme, - não mais contra o mundo e sim contra eu mesma,porém permanecerei tentando. Estou viva. Estou viva. Estou viva. E repito porque é dificil de acreditar. E isso graças aos meus mestres maravilhosos que agradeço com toda força do meu ser.

OBRIGADA VALORES DE MINAS!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Ler deveria ser proibido - Guiomar de Grammon

A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido.

Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Dom Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.

Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.

Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?

Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.

Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.

Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.

Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verosimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.

O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?

É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metros, ou no silêncio da alcova. Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um.

Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.

Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.

Além disso, a leitura promove a comunicação de dores e alegrias, tantos outros sentimentos. A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.

Ler pode tornar o homem perigosamente humano.

OBS: O texto foi levado pelo Jonnatha para refletimos. Faz é muito sentido...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Relembrando...Butoh

Se eu pudesse, faria tudo inspirado no Butoh. É MARAVILHOSO!



O.B.S: Compartilhei do blog do João .

domingo, 2 de outubro de 2011

Relembrando... Primeiro Palco Aberto/Projeto Interdisciplinar - Ensaio



Cidade "Money".

Relembrando... Concluindo a Primeira Etapa.

Relembrando ... Seminário da Historia da Música Brasileira


Teatro de Revista "Sassaricando"

Jovem Guarda - Celly Campello " Estupido Cupido"

Jovem Guarda - Roberto Carlos " Se você pensa"

Lira




Debochada.
Solta.
Livre.
Rebelde sem causa aparente,mas para ela é uma causa que vale a pena lutar.
É o que se é.
Ri dos outros.
Ri de si mesma.
Não se acha melhor,porém não deixa ninguém pensar que é melhor do que ela.
Rock'n Roll, é seu dilema.
E ela não tem data para comemorar...

porque todo dia é dia de festa!


Primeiro Ensaio Geral



Nada descreve o primeiro ensaio!

400 pessoas juntas, em ensaio para um espetáculo que já está sendo inacreditavel é quase um absurdo. É muita gente! rs

Uma multidão que dança, outra que canta, outra que faz malabares e acrobacias... E cada coisa que você treme só de imaginar estando no lugar de quem está fazendo. A energia é outra!

Agora mais que nunca entendo o dilema que todos os professores tentaram passar pra gente no primeiro semestre: "COLETIVO!" "TRABALHO EM GRUPO!"

Não tem nada sozinho naquele lugar! Você pode estar em cena sozinho, mas tem a musica te acompanhando, tem quem vai entrar em seguida, tem quem já saiu... É maravilhoso!


Ficamos até euforicos e empolgados de mais, o que foi coisa de primeiro ensaio,mas agente melhora isso. rs

Agora é torcer que essa energia boa só aumente a cada semana, para termos sempre um ensaio mais produtivo que o outro.

Todo mundo em clima de ralação! Muitas fotos e desenhos das Artes Visuais para nosso cenário e alegorias, muita coreografia, muito movimento, muitas musica e muito texto! Mais é muita coisa, heim?! RS.


MERDA PARA TODOS NÓS!

Aulas de Canto

Então quer dizer que o Teatro também vai aprender a cantar?

:)

SIIIIIIIIIIIIIIIM!

Eu tô adorando as aulas de canto! Já consigo notar a diferença na voz de muitos companheiros de area. E na minha propria também.

Sem falar que são muito divetidas, dá pra descontrair um pouco do ritmo corrido que é o resto da semana.

Minha canção
Dorme a cidade
Resta um coração
Misterioso
Faz uma ilusão
Soletra um verso
Lavra a melodia
Singelamente
Dolorosamente
Doce a música
Silenciosa
Larga o meu peito
Solta-se no espaço
Faz-se a certeza
Minha cançao
Réstia de luz onde
Dorme o meu irmão .

Chico Buarque ( Nossa musica para entrar na afinação )

Percebo muito agora os cuidados que devemos ter com a nossa voz e como a usamos de forma errada. Estamos aprendendo as musicas do espetaculo, e fazendo algumas pequenas sugestões de cena por cima, cantando-as para ver como elas poderiam encaixar, caso tiver um cena cantada no espetaculo, estaremos bem preparados.

As composições da Música estão incriveis, compostas de letras fortes e simbólicas. Dessa forma, ficamos por dentro também deste processo que parece ser um pouco afastado do nosso,pois com a dança e o circo nós interagimos mais no mesmo espaço,e assim a Música també, interage. Muito bom!

Moro em um Brasil ( Moro,Moro )


Eu moro em um Brasil,cheio de proezas
Te convido a desfrutar de tantas riquezas
Bossa Nova,Funk Soul,Samba, Rock e Pagode
Levanta sai do chão, solte a voz e se sacode!

Quem viveu Era do Rádio,fez Teatro de Revista
Já tocou em Blocos Afro, teve um sonho de artista
Tropicalia e Jovem Gurada,também entram nessa lista
Até mesmo o Erudito, todos quero ver na pista!

Nessas veias correm sangue e bate forte o coração
Como todo brasileiro que compõe sua canção
Toda raça e toda cor,todo estilo e sabor
Mistura que combina com a Lira e o Tambor!

Ensaio Tarde - Barracão e Tambor

Cena - Tambor



Trata-se de um sonho, com os varios sentimentos guardados no sub-consciente do Tambor. Ele sonha com sua maior indagação, quem ele é? Nesse momento, ele encara a si mesmo,se questiona e no final encontra com sua avó já falecida.

Cena - Barracão





Esta cena será um prólogo do espetáculo.



COMENTÁRIO:


Ensaiar com todas as areas foi muito marcante. Por nós,passava uma energia muito forte por começarmos a entender o que é este espetaculo com mais de 300 jovens. Percebi como precisamos um do outro. A musica, a dança, o circo e o teatro dão a forma, a historia . Uma moldagem tão complexa de simbolos, emoções, passagens pra depois as Artes Visuais ver como vamos apresentar, em que lugar e como esses personagens se apresentam exteriormente ao publico. É mágico!

Propostas de cena - Lira

Quem é a Lira?






Adolescente em transgressão. Uma busca de ser o que se realmente é,sente ou gosta.

Propostas de cena - Tambor

Quem é Tambor?





Origens.

A palavra que o determina. Ele quer saber quem ele é, de onde veio, o que o faz ser assim.

Propostas de cena - Barracão



Costureiras;



Pedreiros;



Lavadeiras.

Ações das pessoas que trabalham no barracão. A questão é, o que elas fazem quando não estão em clima de ensaio? Com o que trabalham? Como são suas vidas?

Baseados em tudo isso, criamos cenas que mostram o outro lado de quem também vive um Carnaval.

Gustav Klimt - O Beijo




O sentir, sem tê-lo realmente.

O tocar, o que é íntimo e expressar este toque no exterior.





Carolina Lima



João

Inicia-se o processo de criação para o Espetáculo 2011!

Com a direção de Cida Falabella e Sámira Ávila a Dramaturgia de Rogeryo Coelho, tivemos um aulão sobre a temática do espetaculo.

O Samba, marco da cultura brasileira será o enredo deste espetáculo. Contaremos basedado nele a historia da música brasileira e dentro dela a historia de todos os envolvidos e as vidas fora do barracão e da escola de samba,e uma grande historia de amor.

Intitulado " A Lira e o Tambor", começa um grande processo de pesquisa e estudo para uma melhor forma de contar esta historia.

A partir então deste momento começa um processo muito maior de equipe,pois trabalharemos com mais de 300 pessoas,muitos ensaios mas valerá a pena como já está valendo.

O Beijo no Asfalto - Nelson Rodrigues

Com a volta das férias, e muitas mudanças inesperadas resolvemos continuar com um de nossos projetos iniciados com o estudo do livro O Beijo no Asfalto de Nelson Rodrigues. Começamos a estudar ainda no primeiro semestre a leitura drámtica deste texto, e com algumas novas propostas de trabalhar com outra area,deixamos o processo para ser finalizado em uma outra hora.

Com o segundo Palco Aberto,que fora aberto para a comunidade voltamos com o trabalho que foi uma das melhores experiencias ali dentro. Finalizamos com chave de ouro o nosso primeiro semestre.

Em duas semanas,trabalhando com improvisações em cima do texto,divisões de atos,muita leitura e analise para captarmos os pontos mais fortes e as ligações da historia para que fosse contada de uma forma diferente. Depois das primeiras improvisações,os grupos foram divididos e cada um com o seu ponto de ligação foi criando uma cena que era ligada aos meios de comunicação/midia que foi o ponto mais forte encontrado.

A historia que se trata de uma manipulação da midia em torno de um ato que não tivera maldade, e na influencia que ela pode depositar nas pessoas capaz até de destruir laços familiares e uma vida inteira, e como ponto de ligação para que tudo isso se desenrolasse muito ciúmes e desconfiança.

Assim, conseguimos depositar nos pontos em que havia um humor critico e nos momentos mais densos uma concentração de energia que só aquela historia poderia trazer. Conseguimos um resultado muito bom nessa adaptação, graças a um trabalho arduo e nossos queridos professores.

domingo, 4 de setembro de 2011

Carta ao ator.

"Freqüentemente me surpreende a ausência de seriedade em seu trabalho. Não é devido à falta de concentração ou de boa vontade. É a expressão de suas atitudes.

Antes de tudo, tem-se a impressão de que suas ações não são ditadas por uma convicção interior ou por uma necessidade que deixa sua marca no exercício, na improvisação, na cena que você executa. Você pode estar concentrado no seu trabalho, não estar se poupando, seus gestos podem, tecnicamente, ser precisos e, no entanto, suas ações continuam sendo vazias. Não acredito no que você está fazendo. O seu corpo só diz uma coisa: obedeço a uma ordem dada de fora. Seus nervos, seu cérebro, sua coluna não estão comprometidos, e, com uma atitude epidérmica, quer me fazer crer que cada ação é vital para você. Você mesmo não percebe a importância do que quer fazer partícipe os espectadores.

Então, como pode esperar que o espectador fique preso por suas ações? Como você poderia, assim, afirmar e fazer compreender que o teatro é o lugar onde as convenções e os obstáculos sociais devem desaparecer, para deixar lugar a uma comunicação sincera e absoluta? Você neste lugar representa a coletividade, com as humilhações que passou, com seu cinismo que é autodefesa, e seu otimismo, que é a própria irresponsabilidade, com seu sentimento de culpa e sua necessidade de amar, a saudade do paraíso perdido, escondido no passado, na infância, no calor de um ser que lhe fazia esquecer a angústia.

Todas as pessoas presentes nesta sala ficariam sacudidas se você efetuasse, durante a representação, um retorno a estas fontes, a este terreno comum da experiência individual, a esta pátria que se esconde. Este é o laço que o une aos outros, o tesouro sepultado no mais profundo do nosso ser, jamais descoberto, porque é nosso conforto, porque dói ao tocá-lo.

A segunda tendência que vejo em você é o temor de levar em consideração a seriedade deste trabalho: sente uma espécie de necessidade de rir, de distrair-se, de comentar humoristicamente o que você e seus companheiros fazem. É como se quisessem fugir da responsabilidade que sente, inerente à sua profissão, e que consiste em estabelecer uma relação e em assumir a responsabilidade do que revela. Você tem medo da seriedade deste trabalho, da consciência de estar no limite do que é permitido. Tem medo de que tudo aquilo que faz seja sinônimo de fanatismo, de aborrecimento, de isolamento profissional. Porém, num mundo em que os homens que nos rodeiam já não acreditam em mais nada ou pretendem acreditar para ficarem tranqüilos, aquele que se afunda em si mesmo para enfrentar a sua condição, a sua falta de certezas, a sua necessidade de vida espiritual, é tomado por um fanático e por um ingênuo. Num mundo, cuja norma é o enganar, aquele que procura "sua" verdade é tomado por hipócrita.

Deve aceitar que tudo no que você acredita, no que você dá liberdade e forma no seu trabalho, pertence à vida e merece respeito e proteção. Suas ações, na presença da coletividade dos espectadores, devem estar carregadas da mesma força que a chama oculta na tenaz incandescente, ou na voz da sarça ardente. Somente então, suas ações poderão fermentar conseqüências imprevisíveis.

Enquanto Dullin jazia em seu leito de morte, seu rosto se retorcia assumido as máscaras dos grandes papéis que viveu: Smerdiakov, Volpone, Ricardo III. Não era só o homem Dullin que morria, mas também o ator e todas as etapas de sua vida.

Se lhe pergunto por que escolheu ser ator, me responderá: para expressar-me e realizar-me. Mas que significa realizar-se? Quem se realiza? O gerente Hansen que vive uma existência respeitável, sem inquietudes, nunca atormentado por estas perguntas que ficam sem resposta? Ou o romântico Gauguim que, depois de romper com as normas sociais, terminou sua existência na miséria e nas privações de uma pobre aldeia polinésia, Noa-Noa, onde acreditava ter encontrado a liberdade perdida? Numa época em que a fé religiosa é considerada como neurose, nos falta a medida para julgar o êxito ou o fracasso de nossa vida.

Sejam quais foram as motivações pessoais que o trouxeram ao teatro, agora que você exerce esta profissão, você deve encontrar um sentido que vá além de sua pessoa, que o confronte socialmente com os outros.

Somente nas catacumbas pode-se preparar uma vida nova. Esse é o lugar de quem, em nossa época, procura um compromisso espiritual se arriscando com as eternas perguntas sem respostas. Isto pressupõe coragem: a maioria das pessoas não tem necessidade de nós. Seu trabalho é uma forma de meditação social sobre si mesmo, sobre sua condição humana numa sociedade e sobre os acontecimentos de nosso tempo que tocam o mais profundo de si mesmo. Cada representação neste teatro precário, que se choca contra o pragmatismo cotidiano, pode ser a última. E você deve considerá-la como tal, como sua possibilidade de reencontrar-se, dirigindo aos outros a prestação de contas de seus atos, seu testamento.

Se o fato de ser ator significa tudo isto para você, então surgirá um outro teatro; uma outra tradição, uma outra técnica. Uma nova relação se estabelecerá entre você e os espectadores que à noite vêm vê-lo, porque necessitam de você.

(Fim)"

domingo, 31 de julho de 2011

sábado, 9 de julho de 2011

Turma de Teatro Visita os Teatros: Marilia e Ideal.

Seminário - História da Música Brasileira ( Fotos )


Rock Nacional - Circo

Samba Soul/Funk - Harmonia

Erudita - Módulo II

Tropicalia - Artes Visuais

Blocos Afro - Percussão

Jovem Guarda - Teatro

Teatro de Revista - Teatro

Era do Rádio - Canto

Por Elise - Espanca!




Diretamente, retrata o medo do homem de envolver com as coisas, como ele age a respeito disso. Como várias se cruzam facilmente de forma fragilizada mas que pode mudar tudo. As barreiras que o homem constroi contra o que tem medo e como seguem algo fielmente, nas mais contradições somos iguais e passamos por coisas iguais impostas pelo amor, que por não sabermos lidar, machuca.

Congresso Internacional do Medo - Espanca!



Confessamos.

Somos devotos do Espanca!

" O medo, é a véspera da coragem!"

Confesso também que eram raras as vezes em que prestava atenção nas falas, pois o que mais me prendeu foi a composição da cena. O aquário principalmente, o modo como os peixes reagiam ao que acontecia ao redor, que na verdade era no centro. As reações dos personagens a acontecimentos inesperados e uma tradutora meio sem proposito real.

Cena - Cada Um Cumpra Com o Seu Dever

Como sair do comum em relação a isso? Como criticar,sem perder o sentido mas sem bater na mesma tecla?

Fomos dividos em 5 grupos para criarmos cenas,e acho que funcionou super bem. Por ter uma variedade na utilização dos vários significados do "dever" caímos um pouco na comédia. Mas como comédiar algo, sem torná-lo um entretenimento e sim algo que ainda crtica e te faz pensar depois do riso?!

Não foi nossa imediata intenção,mas o bom é que trabalhamos com nosso sub-consciente e ele não nos deixou esquecer isso. Tivemos de escolher uma das cinco cenas criadas para que a sala toda a fizesse. Para mim foi uma escolha dificil, pois as cenas não tinham tamanha estrutura para isso, mas a maioria escolheu a cena do meu grupo o que me fez questionar: Se é para todo o teatro,não teria que ser uma ideia mais séria?

Não tinhamos tempo para criarmos outra cena,e já que foi escolha da maioria fomos para as adaptações o que també funcionou muito bem. A turma do teatro entrou numa sintonia muito grande,e estamos resolvendo tanto as criações como as práticas muito rapidamente a com muita concentração.

o melhor de tudo isso, é que conseguimos linkar a cena com a ideia de critica. Retratamos uma comunidade fora do comum, onde o dever é comum e o pagar totalmente errado. Brincamos com alguns trocadilhos sobre as pessoas acreditarem no que é belo, nas propagandas que iludem as pessoas,dos preconceitos contra aqueles que não são iguais a maioria.

Acho que foi mais um grande passo dado por nós.

Espetaculo Larvárias




A "humanidade" das Larvas.

Como entender a emoção tão forte e avassaladora? Como controlar algo sem explicação?

Não ser homem e nem animal...?!

Um espetáculo LINDO, que retrata uma linha tênue do nosso cotidiano: as relações.

A galera TOOODA chorou ( né Ismael e Danilo? )

Projeto Interdisciplinar - Palco Aberto

Uma experiência nova e para muitos até um susto.

Nesta semana(05/07 a 08/07) no Valores,houve a junção de duas areas. Como o Teatro e a Música(Canto,Harmonia e Percussão) e Circo com as Artes Visuais. Neste processo, trabalhamos juntos os pulsos e compassos Binários,Terciarios e Quaternarios. Criamos cenas com a area toda misturada e depois separadamente, trabalhamos cenas e arranjos para depois encaixarmos tudo.

Podemos dizer que já estamos em época de espetáculo, porque fácil o processo não é, mas é muito aproveitativo,embora pudesse ser mais.

Houve muita disperção e falta de compromisso de algumas pessoas que infelizmente atrapalham o andamento de todo o grupo, mas o resultado qualquer um que tenha sido já foi válido pelo aprendizado de uma experiancia nova.

Oficina - Dança Afro Brasileira

03/07

Que energia!

Eu me senti tão inteiramente eu nesse domingo! O bailarino e coreografo Evandro Passos,deu Oficina de Dança Afro Brasileira no Festival Plug Minas durante todo o domingo, juntamente com seu percussionistas.

Antes de aprendermos a dançar, aprendemos a raiz da dança pois como ele mesmo disse, nós não dançamos por nada,mas sim por um significado maior que nossa propria satisfação.

Aprendemos sobre Mercedes Baptista,a primeira bailarina negra a entrar no Municipal,entretant sofreu muitos preconceitos lá dentro. Depois de ingrençar no estudo do Teatro Folclorico e Negro, ganhou uma bolsa nos EUA onde viu sua carreira expandir e quando voltou, criou sua propria instituição de Ballet,desenvolvendo assim o Ballet Folclorico e assim, as mais diferenciadas formas de danças brasileiras.

A dança Afro, é como se fosse um rito, uma homenagem aos nossos acestrais,as nossas origens. não espiritualmente,mas a jornada que nos trouxe a vida e o que nos fez sermos deste modo em personalidade.

É uma leitura única de cada pessoa que dança, podendo ser a mesma coreográfia mas o sentido é com muita certeza diferente.

Oficina - Dança como Expressão Fundamental do Ser

02/07


A Oficina de Dança Contemporanea com a bailarina/professora Cyntia Reyder no sábado,segudo dia do Festival PLug Minas foi muito, mais muito mais do que eu esperava.

A Dança Contemporanea me atrai de muitas as formas pela liberdade que lhe é atribuida. É uma liberdade de movimentos,sem ser coreografado de todo,mas que exige precisão e entrega imensamente em seu processo. É composta por atos simples,que já praticamos a qual aperfeiçoamos a uma música,a um ritmo. Nos deixamos seguir pelo que vem muito de dentro,pois nem percebemos as pequenas coisas que acordam junto com a música.

Tudo é dança. Todo movimento.

Quanto mais você trabalhar com seu corpo, e descobrir membros e partes que são desconhecidas pra você,mais é inteira a sua entrega numa criação. Quanto mais percepão de que se tem que limpar o corpo das sujeiras do mundo, como a tensão, o estresse, o rancor, melhor é para aliviar suas articulações e libera-las,e limpar o seu movimentar.

Realmente a dança é fundamental ao ser, pois precisamos saber como expressar o que somos,o que fazemos, o que sentimos e o que pensamos sem palavras,mas no ato.

Quando se dança,se conta uma história. E como toda história para ser contada,tem que ser emtendida e aprendida primeiro.

Valeu muito a pena ficar o sábado inteiro dançando!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Mais um ciclo.

O tempo tá passando muito depressa.

Nós tivemos duas semanas para a preparação do Seminário, que aconteceu e já acabou.

Um ciclo que foi fechado,e agora outro que se iniciará com uma nova proposta,e o melhor,totalmente diferente da anterior.

Vamos trabalhar com o texto de Nelson Rodrigues "O Beijo no Asfalto", em três atos. Vai ser um desafio, -como todos os outros,estamos divididos em três grupos e trabalharemos com os nossos respectivos atos. É hora de abrir a mente, e trazer tudo aquilo que nos foi ensinado para que as adaptações sejam esplendidas,e que a turma finalize mais um trabalho de forma satisfatória.

Estou ansiosa para começar,e como não queremos e não podemos perder tempo, os textos já estão sendo escritos e as ideias,sendo colocadas em prática!

Curiosidades:
- Nelson Rodrigues

Importante nome da dramaturgia brasileira, escritor e jornalista.

Por muito tempo, fora repórter policial de onde acomulou experiencias e vivências ,e também é de onde tirara das suas vastas criações a inspiração. Devido aos temas fortes,suas peças eram taxadas pela critica de imorais e obscenas, o que não impediu de ser o nome de referencia da literatura brasileira em sua geração.

"Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico(desde menino). "

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Cine Plug - Caminhos do Futuro



Na sexta-feira,iniciou a 1° etapa do Cine Plug,onde foram exibidos no Caminhos do Futuro curtas metragens com a temática em comum, amor.

" O amor está presente em diversos sentidos e jeitos, e como será a definição de amor? Talvez não haja uma, pois só existe amor naquele que o sente,e cada um o sente de forma diferente. "

Seminário - História da Música Brasileira

Depois de ensaios intensos,diversas pesquisas e muita preparação, o Valores de Minas abre o Seminário da História da Música Brasileira na quarta-feira(29/06)e concluida na quinta-feira(30/06).

Para cada area do Núcleo, foram dividos os movimentos musicais que mais marcaram a história,como o Teatro de Revista(Teatro),a Era do Rádio(Canto),Jovem Guarda(Teatro),Blocos Afro(Percussão),Erudita(Módulo II),Bossa Nova(Módulo II),Samba-Carnavalia(Dança),Tropicália(Artes Visuais),Rock(Circo) e Samba Soul-Funk(Harmonia).

As apresentações aconteceram em ordem croonólogica nos fornecendo uma linha do tempo musical. Uma viagem nas origens de nossas músicas,um estudo mais aprofundado de nossa cultura. As areas antes de apresentarem cenas,eles apresentaram um pouco do que foi o movimento.

O objetivo era que nos aprofundassemos em algo diferente, que nos possibilitassemos ter uma visão mais ampla sobre o que julgamos gostar, e reconhecer os traços que nos marcam hoje e que já foram passados por outro movimento. Buscar a identificação entre o novo e o antigo,se o hoiver, e se não questionar-se o porquê.

Este ano, o processo do Valores de Minas está todo diferente,desde o começo do ano. E como resultado, a escolha do tema do espetáculo já nos foi informado,e o seminário só foi um teste,uma tentativa de fazer algo diferente,assim como o que será feito no espetáculo;um Musical.

Será que conseguiremos contar as histórias de nossas músicas? Será que vamos compreender?

O Seminário foi justamente para encontrar estas respostas. E junto a isso, unimos trabalho duro com um prazer enorme e uma energia explosiva.

Para mim, o seminário foi satisfatório. Pude conhecer mais sobre coisas que já me interessavam e relacionar com o que me fazem sentir. O que mais mecheu comigo foi os Blocos Afro, que me fizeram sentir na pele a liberdade de ser quem eu sou,a liberdade de escolher e de me expressar indenpendente de todo o restante,que se me respeitando e respeitando os outros o meu espaço é aquele,é minha autonomia, e niguém me tira. O mais incrivél é que sent tudo isso com uma música que me fez dançar e cantar e me sentir plenamente, eu.

Valores de Minas é sinônimo de pronfundidade e conhecimento. Nós somos jovens que não mais nos satisfazemos com a piscina rasa,mas sim, queremos nos jogar num mar de diversas respostas e infinitas perguntas,um mar amplo de conhecimento.

sábado, 25 de junho de 2011

Festival Plug Minas 2011

JOVEM GUARDA²




Se Você Pensa
Roberto Carlos
Composição: Roberto Carlos / Erasmo Carlos


Se você pensa que vai
Fazer de mim
O que faz com todo mundo
Que te ama
Acho bom saber
Que prá ficar comigo
Vai ter que mudar...

Daqui prá frente
Tudo vai ser diferente
Você tem que aprender
A ser gente
Seu orgulho não vale
Nada! Nada!...

Você tem a vida inteira
Prá viver
E saber o que é bom
E o que é ruim
É melhor pensar depressa
E escolher antes do fim...

Você não sabe
E nunca procurou saber
Que quando a gente ama
Prá valer
Bom é ser feliz e mais
Nada! Nada!...

Se você pensa que vai
Fazer de mim
O que faz com todo mundo
Que te ama
Acho bom saber
Que prá ficar comigo
Vai ter que mudar...

Daqui prá frente
Tudo vai ser diferente
Você tem que aprender
A ser gente
Seu orgulho não vale
Nada! Nada!...

Você não sabe
E nunca procurou saber
Que quando a gente ama
Prá valer
Bom é ser feliz e mais
Nada! Nada!...

Daqui prá frente
Tudo vai ser diferente
Você tem que aprender
A ser gente
Seu orgulho não vale
Nada! Nada!...

Você não sabe
E nunca procurou saber
Que quando a gente ama
Prá valer
Bom é ser feliz e mais
Nada! Nada!...

JOVEM GUARDA




Jovem Guarda foi um movimento surgido na segunda metade da década de 60, que mesclava música, comportamento e moda. A expressão tirada de um discurso de Vladimir Ilitch Lenin ( 1º presidente do Partido Bolchevique e líder da União Soviética Mandato) . A Jovem Guarda se consolidou com um programa de televisão brasileiro exibido pela TV Record, a partir de 1965, foram influenciados pelo Roc and Roll da década de 50 e 60 e pela precursora do rock no país, a cantora Celly Campello.A variação nacional do rock, batizada no país de "Iê-Iê-Iê (expressão surgida em 1964, quando os Beatles lançaram o filme "A Hard Day's Night",traduzido no nosso país como: "Os Reis do Iê-Iê-Iê")

Entre os os artistas do movimento os que mais tiveram destaque foram: Celly Campelo, Roberto Carlos, Erasmo Carlos,Wanderléa, Vanusa, Eduardo Araújo, Silvinha, Martinha, Arthurzinho, Ronnie Cord, Ronnie Von, Paulo Sérgio, Wanderley Cardoso, Bobby di Carlo, Jerry Adriani, Rosemary, Leno e Lilian, Demétrius, Os Vips, Waldirene, Diana (cantora), Sérgio Reis, Sérgio Murilo, Trio Esperança, Ed Wilson, Evaldo Braga e as bandas, Os Incríveis, Renato e Seus Blue Caps, Golden Boys e The Fevers.

Entre os principais sucessos estão "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno"; "Festa de Arromba"; "Pare o Casamento"; "Garota do Roberto"; "Biquíni Amarelo"; "Meu Bem"; "Eu Daria a Minha Vida"; "O Bom"; "Roda Gigante"; "Rua Augusta"; "Namoradinha de um Amigo Meu"; "Ternura"; "O Caderninho"; "Tijolinho"; "Feche os Olhos"; "A Festa do Bolinha"; "O Bom Rapaz" e "Menina Linda".

Todo um comportamento jovem, daquele período, desde o modo de vestir até as gírias e expressões, foi formatado a partir do programa e seus apresentadores. Fenômeno midiático que arrastou multidões.

Quase todos os programas "Jovem Guarda" terminavam com todo mundo no palco cantando "de que vale o céu azul/e o sol sempre a brilhar/se você não vem/e eu estou a lhe esperar/só tenho você no meu pensamento/e a sua ausência é todo meu tormento/quero que você me aqueça neste inverno/e que tudo mais vá pro inferno....".

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Sobre teatro...

• Ator ,diretor ,pedagogo e escritor,Constantin Stanislavisk criou métodos de teatro que eram contra o convencionalismo teatral. O "Sistema" como denominou, acredita-se na renovação de ideias.

"O primeiro aspecto do sistema é colocar o inconsciente para trabalhar. O segundo, assim que se inicia, deixe-o."

O objetivo é trazer a espiritualidade do personagem.

- O livro de Stanislavski, "A preparação do ator", pode ajudar todas as pessoas, mesmo longe da arte dramática."
Charlie Chaplin

•Grande modificador do teatro contemporaneo,Bertolt Brecht foi dramaturdo,encenador e poeta. Guiado pelos ideias de Karl Marx (marxismo),seu trabalho focava em criticas artisticas ao desenvolvimento dos seres humanos no capitalismo que se espalhava na época. Grande responsavel pelo aprofundamento do teatro épico.

"Experimentos sóciologicos" era como ele denominava seus trabalhos. Naquela época,Brecht revolucionou as técnicas teatrais voltando as funções do teatro para conscientização e politização.

Estranhar tudo que é visto como natural.
Segundo Bertolt Brecht.

DRÁMATICO

• O palco corporifica uma ação
• Compromete o espectador na ação e consome sua atividade
• Possibilita sentimentos
• Proporciona emoções, vivências
• O espectador é transportado para dentro da ação
• Trabalha-se com a sugestão
• Se conservam as sensações
• O homem se apresenta como algo conhecido previamente
• O homem é imutável
• A tensão em relação ao desenlace da peça
• Uma cena existe em função da seguinte
• Os acontecimentos decorrem linearmente
• Natureza não dá saltos - Natura non facit saltus
• O mundo tal como é
• O homem como deve ser
• Seus impulsos
• O pensamento determina o ser
• Sentimento*


ÉPICO

• O palco relata ação
• Transforma o espectador em observador e desperta sua atividade
• Obriga o espectador a tomar decisões
• Proporciona conhecimentos
• O espectador é contraposta a ela
• Trabalha-se com argumentos
• As sensações levam a uma tomada de consciência
• O homem é objeto de investigação
• O homem se transforma e transforma
• A tensão em relação ao andamento
• Cada cena existe por si mesma
• Decorrem em curvas
• Natureza dá saltos - Facit saltus
• O mundo tal como se transforma
• O que é imperativo que ele faça
• Seus motivos
• O ser social determina o pensamento
• Razão*

*: Excluída, segundo Bornheim "seria falso transmitir a idéia de que a forma épica de teatro seja incompatível com o sentimento".


V-effekt


Efeito de distanciamento, ou Efeito de ilusão e até mesmo Efeito de extranhamento. Essa elaboração artistica criada por Brecht, tem como objetivo deixar bem claro ao espectador que ele está em um teatro,em presença de algo representativo e ilusorio,que não é real e sim que a representação é puramente uma obra de arte.

ESTUDO DE : O que é Teatro ? - Fernando Peixoto


O que é teatro?

"Um espaço, um homem que ocupa este espaço,outro homem que o observa."

Ao primeiro homem:
"(...)movidos por impulso criativo que incorpora emoção e razão num ato de desenfreada ou controlada entrega,celebrando um ritual quase místico de epidérmica necessidade,ou exercendo a tarefa de uma profissão complexa e densa."

Ao segundo homem:
"(...)assistem,passiva ou ativamente,entorpecido por uma magia que os envolve numa cerimônia que faz fugir da própria realidade para o mergulho um universo de encatamento,(...),ao contrário,aprofundam o conhecimento lúcido e crítico da própria realidade que os cerca..."

Como se faz teatro?

" Neste nível tem sentido a afirmação de que a arte do encenador é a arte de provocar dúvidas,perplexidades,incertezas."

" Cinema e televisão registram interpretações,mas o ato vivo da representação teatral acaba no instante em que é realizado."

" O ator vive ou representa seu papel? É evidente que ninguém,sem perder o mais elementar controle de suas faculdades mentais,pode deixar de ser quem é para transformar-se em outro."

"Fazer de seu próprio subconsciente um material ultizável pelo seu consciente."

" Não há ato solitário na atividade teatral."

|Subvencionado ou censurado,aceito como serviço público ou perseguido,exaltado ou vilipendiado,questioado ou fazendo da passivaidade sua razão de ser,protegido pelo Estado ou erguendo-se contra ele,o teatro tem conseguido, ás vezes milagrosamente,sobreviver.|

• Para mim, isso define bem aquilo que os professores tem nos passado em todos os ensaios/aulas.

Momentos de preparação!


• Angélica - professora de Artes Visuais, só acompanhando e dando instruções.


• Posicionando as sombrinhas/guardas-chuva para ensaio.


• Preparação vocal. Muito aquecimento e limpeza para a projeção ficar perfeitinha.
(Ajuda a dispersar a ansiedade além de melhorar a voz.)

Perfomance : Artes Visuais




Palavras.

Palavras que estão soltas ao vento. Que voam e caem junto as folhas de outono.

Folhas secas e palavras secas que não pertencem a ninguém,cobrem o chão.


O Tempo

A vida é um dever que nós truxemos para fazer em casa

Quando se vê,já são seis horas...
Quando se vê, já é sexta-feira!

Quando se vê,já é Natal!
Quando se vê, já acabou o ano...

Quando se vê, já perdemos o amor de nossa vida.
Quando se vê, já se passaram cinquenta anos!

Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...

Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

::Mario Quintana

segunda-feira, 13 de junho de 2011

É só uma formalidade - [quatroloscinco]



12 de junho - 2011.


Um homem, ao receber uma carta, onde dizia que seu pai tinha morrido começa a enfrentar o passado, enfrentar aquilo que tinha fugido e repensar sobre tudo. Ao mesmo tempo, um casal novamente de mudança,onde a mulher não percebe que as coisas mudaram e um homem que não sabe como sair porque ela não o escuta, então ele escreve uma carta com um pedido de divórcio que ela não lê.

Parece que todos andam numa corda-bamba tentando manter tudo em equilibrio, menos eles mesmos.

domingo, 12 de junho de 2011

Montagem das Cenas - 2° tentativa.

• Preconceito

A cena agora acontecia num hospicio. Retrata-se a confusão que decorre na cabeça das pessoas por serem diferentes:

" Minha mãe me dizia,que dentro da cabeça da gente existe uma linha. E se agente cruza essa linha..."

" Ou nasce do lado de fora dela,as pessoas tendem a olhar pra você diferente."

Fala sore como o ser humando não aceita o incomum,como ele reage em relação:Desmerecendo,Evitando ou Julgando.

"... a solução seria as pessoas terem suas mentes em forma de esfera."

"Com um só lado"

" O lado de todos."

Mas as pessoas ainda não entendem por terem suas mentes quadradas,e não perceberem que todos querem ser o que são e serem aceitos e respeitados por isso.

" Meu sangue é negro,branco,amarelo ou vermelho?"

E afinal,ninguem entende por que ser tratado com tanta indiferença.

E o que é melhor,é que quando eles estão no ápice de suas frustrações, eles se transaformam em animais ( exercicio de animais da Simone ).



Insegurança

No pátio da escola as crianças brincam de cabra-cega,onde empurram e gritam na cabeça do menino. Depois todos eles saem dali,deixando o garoto sozinho.

"Tic,Toc,Tic,Toc..."

"... Essa é uma das úncas coisas que me faz esquecer que cedo ou tarde todos aqueles rostos,todos aqueles olhos estarão voltados para mim."

Ele não suporta a presença deles,mas acredita que pode haver uma maneira,já que todos conseguem porque ele não?!

Depois, seus pensamentos o assolam,o oprimindo com julgamentos que vem dos pensamentos dos outros. O aprisionando dentro de si, até que ele não aguenta mais e diz quem realmente é.

"Sou o idiota,o fracassado e o retardado.

Isso é o que eles acham. O que eles nunca vão saber é que, eu sou tudo isso e mais um pouco.

Sou aquele que toma remédio controlado...

[...] Eu o anônimo, o esquisito. Eu sou o fóbico social."

Montagem das Cenas - 1° tentativa.

• Preconceito

De inicio,os meninos criaram uma cena que acontecia dentro de uma sala de aula,onde ocorrem vários casos de preconceito entre todos eles. Ficou bastante engraçada,até o momento em que a pessoa que se menos esperava algo dentro desta sala,mostra-se conhecedor de algo que os outros não sabiam. Todos impressionam-se,mas nada muda no final.

• Insegurança

Pessoas andando na rua,quando entra alguém diferente que simplesmente não consegue se misturar com os outros. Ele tem medo e sofre pelo que os acham, pensam e também pelo modo que o olham. Ele fica nervoso,mas no final, num momento de frustração e cansaso ele se rebela, e diz o que realmente é para aqueles que o julgam por ser diferente.

• Politica/Educação

O ponto principal era uma revolta. O tema, era um fato veridico "Césio 137". Conta-se a historia das principais vitimas,uma garota que morreu pela radiotividade devido a falta de informação e conhecimento, e principalmete cuidado com coisas perigosas. Citava-se um pouco da ganãncia e do comodismo também. Era baseado nas memórias dessas pessoas que morreram,menos a mãe da menina, porém mais ainda em suas memórias por ela estar viva. Uma lembrança que ao mesmo tempo, acontecia.

- Os ensaios foram corridos, as ideias foram boladas com pressa entre um dia e outro,pois só tinhamos três dias para montar algo. Muita pressão e desespero, porém a diferença do que estavamos fazendo antes era notável. Estavamos melhorando.

O BUTÔ


"As máscaras sociais são arrancadas e a verdade de cada um é brutalmente desvendada,[...]que nos obriga a sair de nossas estaticidades e conformações em busca do novo verdadeiro eu."

• Inspirado no surrealismo,expressionismo e no construtivismo.

De ordem filósofica mais até do que artística. Busca expressar a individualidade sem disfarces. Expressar o ser humano na sua composição mais verdadeira. O verdadeiro da alma, do espirito, mesmo que desvende,juntamente a esses,as trevas que há no interior de cada um.

E para isso acontecer,segundo a filosofia Butoh, tem que desprender-se das formas do corpo e do pensamento:

Corpo Morto: livre de todos os impecilhos para a completa excpressão;

Olhar de Peixe: por mais que pareça sem vida, está totalmente atento.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Piquenique do Lab. de Figurino





• Segundo encontro do Laborátorio de Figurino.

Momento de descontração e conversa antes de começar o trabalho. Inesquecível!

Com a companhia do Francisco( gracinha ) !

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Sobre Dinossauros,Galinhas e Dragões.

Como estudantes do Valores de Minas, nos ofereceram a entrada franca para a peça Sobre Dinossauros,Galinhas e Dragões, da Cia. Primeira Campainha. Nessa compania de teatro, participa Marina Arthuzzi que é uma de nossas coordenadoras do Valores.

Foi bem no começo do curso, e foi a primeira peça proposta para assistirmos.

A peça é basedada nestes três animais, no que os associam ao passar dos anos e em suas influencias. Ocorre uma livra associação de ideias, sem padrão ,para interligar os assuntos, porém com o levante de nomes de pessoas que marcaram a história,a ligação te convence e torna-se piada. Algumas coisas realmente lembram outras, apesar de não terem ligação alguma.

É uma viagem no RPG com alguns ícones da música,da literatura e outros.

BASE:


É um teatro Fanzine, um tipo de revista feito por fãs, sem seguir o design do jornal padrão,com uma barganha de coisas de seus respectivos interesses.


Muito, muito mesmo, interessante! São piadas inteligentes, uma crítica que tem fundamento naquilo que o persoagem é e acredita. Valeu a pena a correria para vê-lo.

OBS:
Eu estava para postar esse texto a muito tempo, mas só achei a folha agora. rs

Iniciação de Circo

No começo, eu era um pouco receosa com o circo. Nunca levei muito jeito pra essas coisas, como cambalhota que eu morro de medo e estrelinha que eu nunca tinha tentado antes. Mas, apesar disso tudo, o mais importante eu percebi que não era ser perfeito (é claro que isso deve ser ótimo também),mas era tentar e acreditar.

Eu tinha vontade de aprender as coisas, e eu tentava. Apesar de algumas horas dá vontade de chorar e sair correndo de dentro do galpão. Então, eu ia e tentava mais uma vez.

Nós aprendemos um pouco de tecido, onde tinhamos de subir e descer, e também alguns movimentos chamados de esquadro e cristo. São bem dificeis, mas confesso que me apaixonei pelo tecido e quero aprender cada vez mais.

Aprendemos as acrobacias,que são os saltos: Carpado, Agrupado,Esticado e o de Meia pirueta e Uma pirueta. Depois,aprendemos os rolamentos e as estrelinhas. Aprendemos saltos com o trampulim também(os que eu viciei).

Fizemos piramide, e aprendemos que os que sustentam são as bases e os que sobem os volantes.

O objetivo da iniciação do circo era nos ensinar postura,de acreditarmos no que estamos fazendo,de ter interesse e arriscar. O circo para mim foi superação o tempo todo,sempre me achava incapaz,mas eu não parava de tentar porque queria aprender.

Vou sentir saudades!

terça-feira, 17 de maio de 2011

ANIMAIS:: Simone

Nosso local de trabalho se tornou um habitat diferente! Podiamos dizer que estava quase um zoologico, mas estamos tão livres que era como se estivessemos nos nossos novos habitat's naturais.

Muito bom o estudo de animais que fizemos na nossa primeira etapa. AS reações, os movimentos são coisas que tinhamos de mais nos focar. Venho percebendo que é de vital importancia esses quesitos, todos os nossos exercicios precisam disso,e o animal é tão intenso e livre, você tem que se afastar um pouco do consciente, e se colocar um pouco no lugar do animal, pois se não deixariamos de fazer muita coisa que nossas consciencias implicam, como ficar desarrumados,ou feios,coisas que estamos acostumados a padronizar. É um processo de conhecimento e entendimento, só assim você consegue representar algo,se colocar no lugar talvez.

Foi ótimo.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A Última Canção de Amor deste Pequeno Universo - Cia. de Teatro Adulto


“Por que é que aquilo que faz a felicidade do homem acaba sendo, igualmente, a fonte de suas desgraças”?

Tem amores que nosso corpo não aguenta. Aquele amor que dilacera antes e depois de ser descoberto.Antes, sem saber se pode viver sem ele,e depois,como viver com ele.

Uma adaptação de Os Sofrimentos do Jovem Werther de Johann Goethe por Cyntia Paulino.

Coberto de um romance impossivel,uma consciencia martelante embora muitas vezes Goethe confundi-se com Wherther. Carlota se vê entre dois amores. Mas já era prometida. As emoções os deixavam tão próximos,todos eles,mas ao mesmo tempo de uma distãncia sem fim.



Uma adaptação bastante moderna. As músicas, era excelentes e de bandas novas marcantes e internacionais. Cyntia Paulino cantou algumas de origem popular brasileira, á capela e brilhou. O jogo de iluminação também foi bem diferente,inovador e deu um toque marcante na peça principalmente no final. Que final!

O texto era dificil,mas a quimica entre os atores parecia facilitar bastante e os deixavam mais a vontade. A relação do elenco era notável. Havia uma segurança no trabalho deles.

Uma dinãmica de palco muito interessante,um preenchimento. Impressionante!

Amores Surdos - Espanca!


Uma familia. Nada que fuja de mais do que as familias se tornaram hoje em dia.

Um pai distante. Uma mãe atarefada de mais. Um filho com mais problemas que os outros.

Por entre eles,um véu, o invisivél. Mas ninguém se vê.


Nossos professores um dia, tentaram nos alertar sobre o fato de que o cômico é bem vindo, mas o teatro que não dá respostas,aquele que faz pensar tem o seu lugar. Eu o senti. Afetou-me em cheio, e pude ver que é mais,muito mais.

Amores Surdos me surpreendeu. Eu esperava algo grande,mas não esperava algo que chegasse a me arrancar lágrimas e comprimisse meu peito. Tirou-me o fôlego aquela ficticia realidade.

É verdade que jogamos pérolas ao céu, e ao chão. Ainda sinto correr um choque pela minha espinha toda vez ouço a música,e toda vez que me recordo de uma cena marcante. Na verdade,todas foram marcantes.

Uma experiência mais do que memorável ver um de meus professores ser convidado para algo tão incrivél. E se pudesse eu parabenizá-los por algo tão grandioso,eu o faria. Sem dúvidas é o exemplo.

PARABÉNS ESPANCA! PARABÉNS ASSIS!